terça-feira, 29 de abril de 2014

CARNAVAL DO CONGO E MÁSCARAS 2014 - RODA DÁGUA

HISTÓRICO (Resumo) - FONTE (leia mais) :  CONGO CAPIXABA    ,     HISTÓRIA DO CONGO    e   CARNAVAL DE CONGO E MÁSCARAS


Congo capixaba é um gênero musical brasileiro, típico das regiões litorâneas do Espírito Santo.

O congo é considerado por estudiosos das tradições populares do Espírito Santo, como uma dança folclórica, por ser um grupo musical de estrutura simplificada, com dançadores e um dirigente (mestre), possui coreografia própria, sem texto dramático, e outras pessoas podem ser incluídas, isto quer dizer: podem participar desta manifestação, que possui características próprias sem igual em outros estados do país.

SONS DA NATUREZA E CANTO DA ALMA 

A casaca: Instrumento peculiar das Bandas de Congo, recebe outras denominações conforme o lugar: cassaca, canzaca, canzá, ganzá, carcaxá, reque-reque e reco-reco. Ao tocador dá-se o nome guerreiro de tocador de reco-reco ou reco-requista, canzaqueiro, conguista, casaquista e folgador, segundo inquérito realizado em 1953 pela Comissão Espírito-santense de Folclore. Também aparece em outras manifestações folclóricas brasileiras como o jongo e o caxambu, também presentes no Espírito Santo. 
instrumentosÉ uma das variações do reco-reco. A cabeça esculpida é que lhe dá o diferencial, fazendo dele um instrumento antropomórfico (de forma humana). Os congueiros esculpem uma cabeça humana no topo do instrumento, deixando o pescoço como local para segurá-la, enquanto o corpo , o casaco, é revestido com o reco-reco de madeira dentada, (esses instrumentos de percussão, são conhecidos como diáfonos, por possuirem a sonoridade própria do material com o qual foram fabricados, através de atrito ou fricção) . 

Segundo informações coletadas por Michel Dal Col Costa, da Casa de Congo Mestre Antonio Rosa, da Serra, alguns velhos congueiros afirmam que, quem era esculpido na casaca era alguém odiado pelo grupo, como capitães do mato e maus senhores. O fetiche, era uma forma de satirizar esses homens terríveis, agarrando-os pelo pescoço, costume introduzido aqui por escravos afro-brasileiros. O instrumento é fabricado tradicionalmente com uma madeira de alagadiços chamada tagibubuia. Na Serra, o artesão local de nome Tute, vem fabricando uma nova versão do instrumento, utilizando canos de PVC, ao invés da madeira nativa. Sem perder a qualidade estética e a sonoridade original, está sendo adotada por diversos congueiros. 

O modo de tocar os tambores (guararás), sentado sobre eles cavalgando-os, e os instrumentos originais dos índios, a casaca e o chocalho, aos quais os negros ajuntaram a cuíca, são complementados por outros: apito, triângulo(ferrinho), caixas, sanfonas (estas por influência da imigração italiana como ocorreu em Colatina-ES), pandeiros e ganzás. Os instrumentos são pintados nas cores da banda. Os da Banda de São Benedito na cidade da Serra, tem as cores verde e rosa, e em Cariacica, no grupo do mesmo santo de louvor, eles são pintados de verde. 

As canções: Guardadas de memória ou improvisadas, elas falam de temas variados: "o mar, o amor, a natureza, a devoção aos santos e, por vezes a morte; (...) concorre para fazê-las triste a maneira dolente de cantá-las prolongando demasiadamente as vogais finais do último verso do refrão, que mais parecem lamentos e gemidos em âââââ, em êêêêê, em ôôôôô." (20) Um trecho dessas canções que falam de amor, foi recolhido na Serra em 1954 por mestre Guilherme: 

Eu tô chorando ô Maria
Vem me acalentá ô Maria
Por causa do amor ô Maria
Que me faz chorá
Ô Maria....





João Bananeira  - Fonte :  LENDAS DE CARIACICA


Por causa da distancia da região rural de Cariacica até o Convento da Penha, os moradores da região passarão a fazer uma festa para celebrar o dia da padroeira do estado. No tempo da escravidão os negros não podiam participar das procissões dos brancos, assim para não serem reconhecidos pelos seus senhores durante os festejos de Nossa Senhora da Penha, eles se cobriam com palha de bananeira, tecidos e mascaras, surgindo assim o João Bananeira, uma das figuras mais importantes do folclore cariaciquense. Alguns dizem que mulheres se fantasiavam de João Bananeira para participar da festa sem se preocupar com o protocolo.










Missa campal em homenagem à N. Sra. da Penha com a participação das Bandas de Congo.







Procissão das Bandas de Congo, transportando a imagem de N. Sra. da Penha até o local das festividades.





Apresentações das Bandas de Congo, com a presença dos "João Bananeira" mascarados - Parte 1










Apresentações das Bandas de Congo, com a presença dos "João Bananeira" mascarados - Parte 2









Apresentações das Bandas de Congo, com a presença dos "João Bananeira" mascarados - Parte 3








Encerramento das festividades: Interpretação da "Ave Maria" de Gounod e queima de fogos











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