segunda-feira, 25 de maio de 2015

ENREDO E SINOPSE DA UNIDOS DE JUCUTUQUARA











SINOPSE DO ENREDO – UNIDOS DE JUCUTUQUARA


“O povo, que adora os mitos e gosta de embelezar com o colorido da fantasia e as cores do sobrenatural
suas ingênuas histórias, acabou emprestando virtudes miraculosas às águas daquela fonte. Dizia que a
criancinha que tomasse o primeiro banho com as águas da fonte da Capixaba, seria rica e feliz. Tanto bastou
para que tal prática logo entrasse nos hábitos dos seus moradores. É assim que, assistindo ao banho do
recém-nascido, indagavam as comadres, apontando para a água da bacia – é capixaba? ...”
Menezes de Oliva em Você sabe por quê? (Rio, 1962, p.91)
Impossível não achar você bela.
Por todos os ângulos, o mar que a abraça não deixa dúvidas: essa ilha é uma delícia!
Cedo, muito cedo mesmo, você já está frenética. Na verdade, você nem dorme. Seus trabalhadores
imprimem um ritmo impressionante a essa capital, que mais parece um presépio, com suas casas
milimetricamente encravadas nos morros, refletindo suas luzes coloridas nas águas da baía,
promovendo um espetáculo com dupla assinatura: a mão do homem e a da abençoada natureza.
As águas do Atlântico que a envolvem e a emolduram também ressaltam seus sabores mais
característicos que o homem transforma em sustento, em fartura, em alimento capaz de encher nossos
olhos e nos dar “água na boca”. É peixe, é siri, é caranguejo. Vem do mar, vem do mangue. É moqueca
(o resto... vocês já sabem). É torta. É capixaba. É tudo junto e misturado na panela, de barro, é claro.
Do outro lado da cidade, o centro ferve entre a Jerônimo Monteiro e a Princesa Isabel. O trânsito quase
sempre volumoso e lento permite que observemos patrimônios que estão ali há décadas, séculos:
escadarias, igrejas, praças, teatros, pontes e o porto. Quanta gente comum passou e continua passando
por suas ruas e avenidas, fazendo compras em seus mercados, indo até a Vila Rubim buscar alimento
para o corpo e para a alma. São heróis anônimos, nem sempre nascidos aqui e que, com suas histórias
cotidianas, fizeram esta ilha se desenvolver, do Romão a Nazaré, de Fradinhos a Itararé.
O pôr do sol leva essa gente trabalhadora de volta para casa em coletivos quase sempre lotados, como
em tantas outras cidades mundo afora. É uma gente que preza um papo com os amigos e aquela gelada
no bar da esquina, na Rua Sete, no Triângulo, na Laminha e na Lama, esta, "uma terra de ninguém, um
ponto do elo perdido". É uma gente que se diverte no Femusquim, nas Festas de São Pedro e de São
Benedito. Que se orgulha de suas raízes, que se reconhece nas manifestações culturais populares e
adora misturá-las. A “galera da ilha” é rockongo, é reggae, é samba. Uma Vix erudita e popular.
Quando o sol não mais ilumina e a ilha resolve “ascender a luz de todo o povoado”, o espetáculo
continua nos quatro cantos da cidade. Na Reta da Penha, um corredor de luzes eleva nosso olhar para o
Convento lá no continente a nos proteger. Em Santo Antônio, o Santuário aceso brilha e encanta. Na
Florentino Avidos, as luzes iluminam a centenária ponte e as águas da baía. Na outra ponte, a terceira,
são os faróis que fazem o espetáculo e, muitas vezes, nos últimos tempos, foram os cliques dos
celulares que iluminaram a multidão a exigir seus direitos no exercício da cidadania.
Mas é quando as luzes do Sambão do Povo se acendem que começa o maior espetáculo da ilha. Um
espetáculo feito por gente simples que vem de todos os lados, da Fonte Grande, de São Cristóvão, de
Caratoíra, da Consolação, do Forte São João, de Santa Martha, do Morro do Quadro, da Grande
Goiabeiras, da Nação de Jucutuquara. Um espetáculo multicolorido que fica ainda mais iluminado
quando a sábia Coruja desponta na avenida: linda, majestosa, vitoriosa.
E, com o sol novamente a iluminá-la, seus moradores irão de novo admirá-la e usar a moldura do seu
imenso mar pra nadar, pescar, velejar ou apenas observar sua infinita beleza azul, jogando conversa
fora na Praça do Papa, na Praça dos Namorados, ou caminhando da democrática Curva da Jurema a
Camburi para render homenagens à Iemanjá que, com seus braços abertos e seu manto azul celestial,
abençoa os capixabas: "a luz do sol ilumina a terra; a luz de Deus, os que têm fé."
E assim, seu ciclo não para, se renova numa espécie de moto-contínuo em que você utiliza
indefinidamente sua energia para gerar a constante mudança em busca do nosso sonho feliz de cidade.
Uma Vitória justa, moderna, sustentável. Transformada dia a dia, usando a energia do sol e a força dos
ventos; com sua gente se deslocando cada vez mais a pé ou de bicicleta, sentindo que árvores e flores,
sejam ipês, orquídeas e girassóis enfeitam, perfumam e colorem sua paisagem por todas as praias, por
todos os cantos. Uma Vitória onde o respeito à história de quem te construiu seja um exemplo para a
nova galera deste “satélite de pedra no oceano”. Assim você ficará ainda mais bela: uma Vitória em sol
maior.
Texto: Anclebio Junior
Supervisão de texto: Edson Tadeu Campostrini Cruz
Revisão do texto: Professora Luciane Stefanatto Negri
*O texto contém expressões usadas na música "Água de Benzer", da Banda Manimal, composta pelos irmãos Amaro e Alexandre Lima.


Os compositores interessados em participar do Concurso de Samba Enredo devem ficar atentos as datas do cronograma:
CRONOGRAMA PREVISTO

DATA
ATIVIDADE


30/05/15 (sábado)
Entrega do Regulamento e explicação do Enredo com o Carnavalesco.
27/06/15 (sábado)
Entrega dos sambas – assinatura do Termo de Inscrição. Na Casa de Cultura Dona Maria Coroa das 14h às 16h (com 30 minutos de tolerância)
30/06/15 (terça)

Sorteio das Chaves A e B
05/07/15 (domingo)

Eliminatória Chave A
12/07/15 (domingo)

Eliminatória Chave B
19/07/15 (domingo)

Semifinal (sambas selecionados das 2 chaves)
26/07/15 (domingo)

Grande Final do Concurso de Samba Enredo

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